sexta-feira, 31 de maio de 2013

Explosão de Raios Gama Atingiram Terra no Século VIII. E o Carbono-14?

Do site da BBC: http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-21082617

Uma explosão de raios gama, a explosão conhecida mais poderosa do Universo, pode ter atingido a Terra no oitavo século.

Em 2012, pesquisadores encontraram evidências que nosso planeta foi atingido por uma explosão de radiação durante a Idade Média, mas há um debate sobre que tipo de evento cósmico pode tê-la causado.

Agora um estudo sugere que a explosão foi o resultado da colisão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons na nossa galáxia.

Esta colisão teria expelido descomunais quantidades de energia. A pesquisa foi publicada no jornal Mensal da Sociedade Astronômica Real (veja aqui).

"Foto Instantânea da Natureza"
No último ano, uma equipe de pesquisadores descobriu que alguns cedros muito antigos no Japão tinham um nível unusual de um tipo radioativo de carbono, conhecido como Carbono-14.

Também na Antártica há um pico nos níveis de uma forma de berílio, o berílio-10, no gelo. 

Estes isótopos são criados quando uma radiação intensa atinge os átomos na alta atmosfera, sugerindo que uma explosão de energia tenha uma vez atingido nosso planeta a partir do espaço. Usando os dados dos anéis das árvores e dos núcleos de gelo, os pesquisadores puderam determinar que isto teria acontecido entre os anos de 774 e 775, mas a causa do evento é um desafio.

A possibilidade de uma supernova - uma estrela que explodiu - foi trazida, mas foi então descartada porque os detritos de um evento destes deveriam continuar ainda visíveis aos telescópios de hoje.

Outra equipe de físicos dos Estados Unidos recentemente publicou um artigo sugerindo que uma mancha solar gigantesca poderia ter causado um pulso de energia. Mas outros membros da comunidade científica discordam desta hipótese porque eles não consideram que a energia produzida poderia poderia levar aos níveis de carbono-14 e berílio-10 encontrados.


Agora pesquisadores alemães ofereceram ainda outra explicação: uma explosão massiva aconteceu na Via Láctea.
Um dos autores do artigo, o Professor Ralph Neuhauser, do Instituto de Astrofísica da Unviersidade de Jena, disse: "Nós olhamos nos espectros de explosões de raios-gama curtos para estimar onde isto poderia ser consistente com a taxa de produção de carbono-14 e berílio-10 que nós observamos - e nós descobrimos que seria totalmente consistente".
Essas enormes emissões de energia ocorrem quando buracos negros, estrelas de nêutrons ou anãs-brancas colidem - as fusões levam apenas segundos, mas elas emitem uma gigantesca onda de radiação.
Diz o Prof. Neuhauser: "Explosões de raios gama são eventos muito, muito explosivos e energéticos, e nós calculamos a distância que este evento teria ocorrido através da energia observada".
"Nossa conclusão foi de que isto ocorreu de 3 mil a 12 mil anos-luz de distância - e isto localiza-se dentro de nossa galáxia".
Embora o evento pareça dramático, nossos ancestrais medievais podem não ter percebido muita coisa.
Se a explosão de raios-gama aconteceu a esta distância, a radiação pode ter sido absorvida pela nossa atmosfera, apenas deixando um traço nos isótopos que eventualmente encontraram seu caminho para as árvores e o gelo. Os pesquisadores não acreditam que tenha sido emitida nenhuma luz visível.
Eventos Raros
Observações do espaço profundo sugerem que as explosões de raios-gama são raras. Acredita-se que elas ocorram no máximo a cada 10 mil anos por galáxia, e no mínimo a cada um milhão de anos por galáxia.
O prof. Neuhauser disse que é improvável que o Planeta Terra irá ver outra em breve, mas se virmos, desta vez ela poderá ter um impacto muito maior.
Se uma explosão cósmica acontecesse na mesma distância da do século VIII, ela poderia destruir nossos satélites. Mas se ocorresse mais perto, a apenas 100 anos luz de distância, ela poderia destruir a camada de ozônio, com efeitos devastadores sobre a Terra.
Todavia, o professor Neuhauser diz que isto seria extremamente improvável.
Comentando a pesquisa, o Professor Adrian Melott, da Universidade do Kansas, EUA, disse que embora ele pense que uma explosão de raios-gama curtos possa ser uma resposta possível, seu grupo de pesquisa sugere que uma mancha solar seria mais provável baseado nas observações de estrelas semelhantes ao Sol na nossa galáxia.
Ele disse: "Um proto-evento solar e uma explosão de raios-gama próxima são ambas explicações possíveis, mas baseado nas taxas que nós conhecemos no Universo, as explosões de raios-gama são cerca de 10 mil vezes menos prováveis de acontecer neste período de tempo".

(Itálicos vermelhos acrescentados)

Nota do Blog: impressionante a afirmação de que explosões de raios gama podem alterar a quantidade de carbono-14 nas árvores e no gelo. Se já era muito complicado fazer asserções determinantes sobre datação com base no carbono-14, agora então ficou ainda pior. Note-se que as estimativas dizem que estas explosões de raios-gama ocorrem a cada 10 mil anos. Supondo que elas sejam apenas um pouco mais frequentes - os pesquisadores aqui citados usaram seu "achômetro" para dar a frequência das explosões - ou que em um passado não muito distante tenham ocorrido eventos em sequência (o que também não pode-se descartar como hipótese), ou ainda que tenha ocorrido uma explosão de raios gama mais próxima da Terra, o relógio do Carbono-14 seria completamente inadequado para datações maiores que alguns poucos milhares de anos. As datações de carbono de hoje são muito complicadas e, frequentemente, demandam várias análises e refazimentos devido à contaminação e a leituras que retornam dados teoricamente "impossíveis"(muito antigos ou muito recentes [descartam-se os fatos em favor das teorias!]). A ciência é maravilhosa, a tecnologia é fantástica, mas a pretensão de determinar nossas origens e história sobre evidências tão móveis e inconstantes é incoerente.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Marca da Besta: Aluna se Recusa a Usar Crachá Com Chip

Matéria da BBC:
http://www.bbc.co.uk/news/technology-20957587
(Tradução livre)

Aluna Hernandez, que se recusou a usar RFID, perde apelação

Uma estudante texana que se recusou a usar um crachá com um transmissor de rádio que rastreava seus movimentos perdeu uma apelação à corte federal contra a política de identificação de sua escola

Os chips de rádio monitoram a freqüência [dos alunos], o que resulta em auxílio financeiro à escola.

Mas Andrea Hernandes, 15, parou de usar o dispositivo por motivos religiosos, dizendo que isto seria a "marca da besta".

Após a Escola Jonh Jay suspendê-la, ela foi à corte e ganhou uma liminar para continuar indo à escola sem o dispositivo.

A corte federal cancelou a liminar, diznedo que se a aluna quisesse ficar na escola, deveria usar o transmissor. De outra forma, ela teria que transferir-se para outra instituição.

A nova política de identificação no Distrito Escolar Independente Norte (NISD) em San Antonio, Texas, começou no início do ano escolar de 2012.

A escola John Jay é uma das duas escolas com o programa em teste, que objetiva equipar todos os estudantes das 112 escolas do distrito com os crachás de identificação por chips de radiofrequência (RFID).

Os crachás revelam a localização de cada estudante em seu campus, dando ao Distrito informações mais precisas sobre a frequência dos alunos.

A média diária de frequência dos alunos está relacionada à quantidade de financiamento que cada escola recebe.

Mas Hernandez disse que o crachá era a "marca da besta", como a descrição do capítulo 13 do livro de Apocalipse na Bíblia.

Ela se recusou a usá-la mesmo depois de a escola ter proposto remover o chip RFID.

"A corte de hoje afirma a posição da NISD de que nós fizemos uma proposta de ajuste razoável à estudante oferecendo-lhe a remoção do chip RFID do crachá estudantil", disse o distrito em uma declaração.

Nota do Blog: apesar de tratar-se de uma interpretação totalmente equivocada sobre a marca da besta no livro de Apocalipse, a situação mostra algo bastante importante: os direitos religiosos dos cidadãos estão sendo cada vez mais relativizados e submetidos aos interesses de uma maioria dominante. Logo, toda a manifestação de religiosidade que não venha ao encontro dos interesses "nacionais", será tratada como fanatismo e rechaçada. Esta é a grande verdade sobre a marca da besta no livro de Apocalipse. Você poderá ter mais informações sobre esta marca em um curso Bíblico disponível em qualquer igreja Adventista  do Sétimo Dia ou nas emissoras da Rádio e TV Novo Tempo.