quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cérebro é Muito mais Complexo (e Poderoso) do que se Pensava

Descobertas computações sub-neurais no cérebro


Descobertos computadores sub-neurais no cérebro
Rede de células piramidais no córtex cerebral. Estes neurônios foram simulados usando um programa de computador que captura a arquitetura dendrítica de células piramidais reais. Agora se demonstrou que esses dendritos realizam cálculos por si próprios.[Imagem: UCL]

Computações cerebrais
Os cientistas há muito sonham em construir computadores tão poderosos quanto o cérebro humano.
Agora a tarefa ficou muito mais difícil.
Não porque o desenvolvimento dos computadores tenha se deparado com algum gargalo, mas porque o cérebro humano é muito mais complicado do que se imaginava.
Spencer Smith e seus colegas de universidades britânicas e norte-americanas descobriram que os dendritos, as partes menores dos neurônios, também são componentes ativos que fazem suas próprias "computações".
Até agora, o saber científico estabelecia que apenas os axônios, as porções maiores dos neurônios, seriam ativas, e todos os processos cerebrais seriam resultantes da atuação das redes neurais, conjuntos de vários neurônios disparando seus axônios de forma coordenada.
Nessa interpretação, os dendritos seriam apenas a "fiação" que interliga os neurônios uns aos outros.
"Subitamente, é como se o poder de processamento do cérebro se tornasse muito maior do que tínhamos pensado originalmente," comenta Smith.
"Imagine que você fizesse uma engenharia reversa de um pedaço de tecnologia alienígena, e o que você pensava que fosse uma simples fiação na verdade fossem transistores que computam informação. Foi algo assim que acabamos de descobrir," compara o pesquisador.

Poder computacional do cérebro
O maior poder computacional do cérebro revelou-se quando os pesquisadores desenvolveram uma tecnologia com resolução suficiente para medir a atividade elétrica dos dendritos, o que revelou sua capacidade de gerar seus próprios disparos elétricos de forma independente.
Foi uma tecnologia similar que permitiu que, há menos de duas semanas, os pesquisadores conseguissem medir pela primeira vez a corrente elétrica de uma sinapse individual.
O experimento consistiu em inserir uma pipeta de vidro microscópica, cheia de solução fisiológica, em dendritos neuronais no cérebro de um camundongo. Isso permitiu "ouvir" diretamente o processo de sinalização de cada dendrito.
Os dados coletados comprovaram que os dendritos efetivamente atuam como verdadeiros "computadores sub-neurais", processando ativamente os sinais neuronais por conta própria, sem depender dos axônios e menos ainda das redes neurais.
Assim, as estimativas que sempre se faz sobre a quantidade de neurônios no cérebro - os últimos cálculos indicam 86 bilhões - não servem mais como parâmetro para o poder computacional do cérebro porque há cálculos sendo realizados internamente nos neurônios, em uma quantidade e velocidade que ainda precisarão ser calculadas.
Atualmente, as tentativas de imitar os processos cognitivos cerebrais em computadores concentram-se nos chamados processadores neuromórficos, geralmente construídos não com transistores, mas com um componente eletrônico com capacidade de memória, chamado memristor.

 (destaques em amarelo acrescentados)

Nota do Blog: Faz algum tempo que me incomodam as frequentes afirmações de que a ciência está construindo máquinas que, dentro de algumas décadas, serão similares ao cérebro humano, podendo criar mesmo uma vida completamente eletrônica (veja aqui).

Eu gostaria de saber se a mídia dará a notoriedade que esta descoberta merece. Já tínhamos conhecimento de pesquisas recentes de que os neurônios não eram mais considerados como simples transístores no nosso cérebro, mas como processadores em si. Também que as sinapses dos neurônios são milhares de vezes mais rápidas que os chaveamentos dos transístores dos computadores. Agora o que surpreende é que os dendritos também podem realizar tarefas computacionais. Isto elevaria exponencialmente o poder de computação do cérebro.

O que temos visto, dia a dia, é que quanto mais exploramos o macrocosmo, o microcosmo e a complexidade da vida, mais insignificantes nos sentimos (ou deveríamos nos sentir).

De fato, estamos olhando para uma"tecnologia alienígena", conforme ilustrou o pesquisador. Mas quem estiver tão apegado aos seus erros, ao seu estilo de vida libertinoso e à fantasia de ser o seu próprio deus, não conseguirá ver a verdade escancarada: fomos criados, por Alguém muito, muito superior a nós. Alguém que nos ama e deu abundantes provas (inclusive científicas) da Sua bondade, inteligência e majestade. Por que não deixar o preconceito de lado e aprofundar-se mais na busca pelo conhecimento deste Deus?

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Explosão de Raios Gama Atingiram Terra no Século VIII. E o Carbono-14?

Do site da BBC: http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-21082617

Uma explosão de raios gama, a explosão conhecida mais poderosa do Universo, pode ter atingido a Terra no oitavo século.

Em 2012, pesquisadores encontraram evidências que nosso planeta foi atingido por uma explosão de radiação durante a Idade Média, mas há um debate sobre que tipo de evento cósmico pode tê-la causado.

Agora um estudo sugere que a explosão foi o resultado da colisão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons na nossa galáxia.

Esta colisão teria expelido descomunais quantidades de energia. A pesquisa foi publicada no jornal Mensal da Sociedade Astronômica Real (veja aqui).

"Foto Instantânea da Natureza"
No último ano, uma equipe de pesquisadores descobriu que alguns cedros muito antigos no Japão tinham um nível unusual de um tipo radioativo de carbono, conhecido como Carbono-14.

Também na Antártica há um pico nos níveis de uma forma de berílio, o berílio-10, no gelo. 

Estes isótopos são criados quando uma radiação intensa atinge os átomos na alta atmosfera, sugerindo que uma explosão de energia tenha uma vez atingido nosso planeta a partir do espaço. Usando os dados dos anéis das árvores e dos núcleos de gelo, os pesquisadores puderam determinar que isto teria acontecido entre os anos de 774 e 775, mas a causa do evento é um desafio.

A possibilidade de uma supernova - uma estrela que explodiu - foi trazida, mas foi então descartada porque os detritos de um evento destes deveriam continuar ainda visíveis aos telescópios de hoje.

Outra equipe de físicos dos Estados Unidos recentemente publicou um artigo sugerindo que uma mancha solar gigantesca poderia ter causado um pulso de energia. Mas outros membros da comunidade científica discordam desta hipótese porque eles não consideram que a energia produzida poderia poderia levar aos níveis de carbono-14 e berílio-10 encontrados.


Agora pesquisadores alemães ofereceram ainda outra explicação: uma explosão massiva aconteceu na Via Láctea.
Um dos autores do artigo, o Professor Ralph Neuhauser, do Instituto de Astrofísica da Unviersidade de Jena, disse: "Nós olhamos nos espectros de explosões de raios-gama curtos para estimar onde isto poderia ser consistente com a taxa de produção de carbono-14 e berílio-10 que nós observamos - e nós descobrimos que seria totalmente consistente".
Essas enormes emissões de energia ocorrem quando buracos negros, estrelas de nêutrons ou anãs-brancas colidem - as fusões levam apenas segundos, mas elas emitem uma gigantesca onda de radiação.
Diz o Prof. Neuhauser: "Explosões de raios gama são eventos muito, muito explosivos e energéticos, e nós calculamos a distância que este evento teria ocorrido através da energia observada".
"Nossa conclusão foi de que isto ocorreu de 3 mil a 12 mil anos-luz de distância - e isto localiza-se dentro de nossa galáxia".
Embora o evento pareça dramático, nossos ancestrais medievais podem não ter percebido muita coisa.
Se a explosão de raios-gama aconteceu a esta distância, a radiação pode ter sido absorvida pela nossa atmosfera, apenas deixando um traço nos isótopos que eventualmente encontraram seu caminho para as árvores e o gelo. Os pesquisadores não acreditam que tenha sido emitida nenhuma luz visível.
Eventos Raros
Observações do espaço profundo sugerem que as explosões de raios-gama são raras. Acredita-se que elas ocorram no máximo a cada 10 mil anos por galáxia, e no mínimo a cada um milhão de anos por galáxia.
O prof. Neuhauser disse que é improvável que o Planeta Terra irá ver outra em breve, mas se virmos, desta vez ela poderá ter um impacto muito maior.
Se uma explosão cósmica acontecesse na mesma distância da do século VIII, ela poderia destruir nossos satélites. Mas se ocorresse mais perto, a apenas 100 anos luz de distância, ela poderia destruir a camada de ozônio, com efeitos devastadores sobre a Terra.
Todavia, o professor Neuhauser diz que isto seria extremamente improvável.
Comentando a pesquisa, o Professor Adrian Melott, da Universidade do Kansas, EUA, disse que embora ele pense que uma explosão de raios-gama curtos possa ser uma resposta possível, seu grupo de pesquisa sugere que uma mancha solar seria mais provável baseado nas observações de estrelas semelhantes ao Sol na nossa galáxia.
Ele disse: "Um proto-evento solar e uma explosão de raios-gama próxima são ambas explicações possíveis, mas baseado nas taxas que nós conhecemos no Universo, as explosões de raios-gama são cerca de 10 mil vezes menos prováveis de acontecer neste período de tempo".

(Itálicos vermelhos acrescentados)

Nota do Blog: impressionante a afirmação de que explosões de raios gama podem alterar a quantidade de carbono-14 nas árvores e no gelo. Se já era muito complicado fazer asserções determinantes sobre datação com base no carbono-14, agora então ficou ainda pior. Note-se que as estimativas dizem que estas explosões de raios-gama ocorrem a cada 10 mil anos. Supondo que elas sejam apenas um pouco mais frequentes - os pesquisadores aqui citados usaram seu "achômetro" para dar a frequência das explosões - ou que em um passado não muito distante tenham ocorrido eventos em sequência (o que também não pode-se descartar como hipótese), ou ainda que tenha ocorrido uma explosão de raios gama mais próxima da Terra, o relógio do Carbono-14 seria completamente inadequado para datações maiores que alguns poucos milhares de anos. As datações de carbono de hoje são muito complicadas e, frequentemente, demandam várias análises e refazimentos devido à contaminação e a leituras que retornam dados teoricamente "impossíveis"(muito antigos ou muito recentes [descartam-se os fatos em favor das teorias!]). A ciência é maravilhosa, a tecnologia é fantástica, mas a pretensão de determinar nossas origens e história sobre evidências tão móveis e inconstantes é incoerente.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Marca da Besta: Aluna se Recusa a Usar Crachá Com Chip

Matéria da BBC:
http://www.bbc.co.uk/news/technology-20957587
(Tradução livre)

Aluna Hernandez, que se recusou a usar RFID, perde apelação

Uma estudante texana que se recusou a usar um crachá com um transmissor de rádio que rastreava seus movimentos perdeu uma apelação à corte federal contra a política de identificação de sua escola

Os chips de rádio monitoram a freqüência [dos alunos], o que resulta em auxílio financeiro à escola.

Mas Andrea Hernandes, 15, parou de usar o dispositivo por motivos religiosos, dizendo que isto seria a "marca da besta".

Após a Escola Jonh Jay suspendê-la, ela foi à corte e ganhou uma liminar para continuar indo à escola sem o dispositivo.

A corte federal cancelou a liminar, diznedo que se a aluna quisesse ficar na escola, deveria usar o transmissor. De outra forma, ela teria que transferir-se para outra instituição.

A nova política de identificação no Distrito Escolar Independente Norte (NISD) em San Antonio, Texas, começou no início do ano escolar de 2012.

A escola John Jay é uma das duas escolas com o programa em teste, que objetiva equipar todos os estudantes das 112 escolas do distrito com os crachás de identificação por chips de radiofrequência (RFID).

Os crachás revelam a localização de cada estudante em seu campus, dando ao Distrito informações mais precisas sobre a frequência dos alunos.

A média diária de frequência dos alunos está relacionada à quantidade de financiamento que cada escola recebe.

Mas Hernandez disse que o crachá era a "marca da besta", como a descrição do capítulo 13 do livro de Apocalipse na Bíblia.

Ela se recusou a usá-la mesmo depois de a escola ter proposto remover o chip RFID.

"A corte de hoje afirma a posição da NISD de que nós fizemos uma proposta de ajuste razoável à estudante oferecendo-lhe a remoção do chip RFID do crachá estudantil", disse o distrito em uma declaração.

Nota do Blog: apesar de tratar-se de uma interpretação totalmente equivocada sobre a marca da besta no livro de Apocalipse, a situação mostra algo bastante importante: os direitos religiosos dos cidadãos estão sendo cada vez mais relativizados e submetidos aos interesses de uma maioria dominante. Logo, toda a manifestação de religiosidade que não venha ao encontro dos interesses "nacionais", será tratada como fanatismo e rechaçada. Esta é a grande verdade sobre a marca da besta no livro de Apocalipse. Você poderá ter mais informações sobre esta marca em um curso Bíblico disponível em qualquer igreja Adventista  do Sétimo Dia ou nas emissoras da Rádio e TV Novo Tempo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Muito Álcool no Sertanejo Universitário

Quando eu cursava minha graduação há quase 10 anos, lembro de ter visto uma reportagem comparando os estudantes da Coréia do Sul com os do Brasil. Ambos os países tinham índices de educação e P&D semelhantes nos anos 80, com ligeira vantagem para o Brasil. Em 20 anos, porém, tudo mudou. A Coréia do Sul registra várias vezes mais patentes do que nosso País, além de ter um exército invejável de cientistas e tecnólogos.

Chamou-me a atenção então o fato de que não foram apontadas apenas as políticas públicas do tigre asiático em comparação com as tupiniquins, mas, principalmente, a postura dos alunos sul-coreanos em contraste com os brasileiros. Enquanto os primeiros se esforçavam por disputar olimpíadas de matemática e se dedicarem à carreira científica, os nossos faziam campeonatos de truco regados a muita cerveja.

É claro que aqui estamos falando de generalizações, mas a reportagem do G1 (confira aquimostra que alguns acadêmicos do Brasil estão muito preocupados com esta nova cultura "Universitária" que tem definido uma geração.

O uso de álcool é bastante incentivado e parece ser um "lugar comum" nas letras de Sertanejo Universitário. O interessante das pesquisas citadas na reportagem é que elas provêm uma base bastante objetiva para comparação. Na nossa sociedade cartesiana (quando lhe convém), parece que temos que mostrar em números o que as pessoas se recusam a aceitar. Pois bem: eles estão aí. Dos 48 autores de sertanejo pesquisados, 85% deles utilizaram a temática, sendo que os campeões recorrem ao assunto 19 vezes em suas letras. Em todas as letras, o consumo de álcool está associado a bem estar, felicidade, diversão e conforto.

Muito oportuno ainda é o título da dissertação de uma das pesquisadoras: "Felicidade engarrafada: Bebidas alcoólicas nas músicas sertanejas". Quem sabe se usássemos melhor os poucos anos da juventude para extrairmos o melhor de nós mesmos ao invés de destruirmos os neurônios com as drogas lícitas e ilícitas, muito mais do que meramente fazer frente aos outros países em desenvolvimento, teríamos uma sociedade melhor, mais justa e, individualmente, um futuro com mais realizações...

quinta-feira, 14 de março de 2013

Somos Naturalmente Bons ou Maus?

Do site da BBC

Fundamentalmente falando, os humanos ão bons ou maus? É uma questão que tem sido feita repetidamente pela humanidade. Por milhares de anos, filósofos têm debatido se nós temos uma natureza basicamente boa que é corrompida pela sociedade ou uma má natureza que é mantida "na linha" por aquela. A psicologia tem descoberto evidências que podem dar uma reviravolta no velho debate.

Uma forma de perguntar sobre nossas características mais fundamentais é olhar para os bebês. A mente dos bebês é uma demonstração da natureza humana. Bebês são humanos com o mínimo de influência cultural - eles não têm muitos amigos, nunca foram à escola nem leram nenhum livro. Eles não podem nem mesmo controlar seus intestinos, e muito menos falar a nossa língua, então suas mentes são o mais inocentes que uma mente humana pode ser.

O único problema é que a falta de linguagem torna difícil medir suas opiniões. Normalmente nós convidamos as pessoas a participarem de experimentos, dando-lhes instruções ou fazendo-lhes perguntas, e ambas as situações requerem linguagem. Bebês podem ser mais bonitinhos para se trabalhar, mas eles não são reconhecidos por sua obediência. O que faria um psicólogo curioso?

Felizmente, você não precisa necessariamente falar para revelar suas opiniões. Bebês procuram coisas que eles querem ou gostam, e eles tendem a olhar por mais tempo para coisas que os surpreendem. Experimentos engenhosos feitos pela Universidade Yale nos EUA usaram estas medidas para olhar para as mentes dos bebês. Os seus resultados sugerem que mesmo os humanos mais jovens têm um senso de certo e errado e, ainda mais, um instinto de preferir o bem ao invés do mal.

Como podem os experimentos indicar isto? Imagine que você é um bebê. Desde que você tem pouca capacidade de atenção, o experimento será mais curto e mais divertido que a maior parte dos experimentos psicológicos. É basicamente um show de bonecos; o palco é uma cena mostrando uma colina verde brilhante, e os bonecos são formas recortadas disformemente; um triângulo, um quadrado e um círculo, cada um nas suas cores brilhantes. O que acontece depois é uma encenação rápida, quando uma das formas tenta subir a colina, com dificuldade e caindo novamente ladeira abaixo. Então, as duas outras formas são envolvidas, com uma ajudando a escaladora a subir a colina, empurrando-a de trás, ou a outra dificultando a escaladora, por empurrá-la de cima para baixo.

Ainda algo maravilhoso, psicologicamente, está acontecendo ali. Todos os humanos são capazes de interpretar os eventos na peça em termos da história que eu [repórter] descrevi. Os bonecos são apenas formas. Eles não fazem sons humanos ou mostram emoções. Eles apenas se movem, e qualquer um ainda continua vendo propósito nestes movimentos, e a revelação do seu caráter. Você pode afirmar que esta "leitura mental", mesmo em crianças, mostra que é parte da nossa natureza humana  acreditar em outras mentes.

Grandes expectativas

O que acontece então nos mostra ainda mais sobre a natureza humana. Após o show, as crianças tiveram a escolha de pegar ou a forma ajudante ou a forma dificultadora, e tenderam muito mais a alcançar a forma ajudadora. Isto poderia ser explicado se eles estivessem lendo os eventos em termos de motivações - as formas não apenas se moveriam randomicamente, mas elas mostrariam à criança que a forma que empurra pra cima da colina "deseja" ajudar (e isto é bom) e a forma que empurra para baixo "deseja" causar problemas (e isto é perverso).

E os pesquisadores usaram uma repetição para confirmar estes resultados. As crianças viram uma segunda cena na qual a forma escaladora faz uma escolha de mover ao redor da forma ajudadora ou da forma dificultadora. O tempo que as crianças gastaram olhando para cada um dos casos revelou o que eles pensam sobre o resultado. Se a escaladora se movia próximo à forma dificultadora, as crianças olhavam significativamente mais tempo do que quando a forma se movia para perto da auxiliadora. Isto faria sentido se as crianças se surpreendessem quando o a escaladora se aproxima da dificultadora. Movendo-se para próximo da forma auxiliadora pode ser o final feliz e, obviamente, seria o que a criança esperava. Se a escaladora se move para a dificultadora, isto é uma surpresa, tanto quanto você ou eu poderíamos nos surpreender ao ver alguém dando um abraço em um homem que acabara de lhe bater.

O caminho para que estes resultados façam sentido é se as crianças tivessem em seus cérebros pré-culturais expectativas sobre como as pessoas devessem agir. Não apenas elas interpretaram o movimento das formas como resultante de suas motivações, mas elas preferiram as motivações de ajuda às de dificuldade.

Isto não resolve o debate sobre a natureza humana. Um cínico poderia dizer que isto apenas mostra que as crianças são egoístas e esperam que os outros o sejam também. No mínimo, isto mostra que firmemente ligado à natureza de nossas mentes em desenvolvimento está a habilidade de dar sentido ao mundo em termos de motivações, e um instinto básico de preferir as intenções amigáveis às maliciosas. É nesse fundamento que a moralidade adulta é construída.

Nota do blog: Este experimento mostrou a natureza do conflito que existe dentro do ser humano. Ambas as visões apresentadas na reportagem estão corretas, de acordo com a Bíblia, e não são opostas, mas surpreendentemente complementares. A Bíblia afirma que "não há quem faça o bem, nenhum sequer" (Rm 3:12) e que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23), e que o "coração do homem é enganoso e desesperadamente corrupto" (Jr 17:9). Ao mesmo tempo, Deus colocou "inimizade entre o homem e a serpente [Satanás, pai da mentira e origem do mal]" (Gn 3:15) e a "eternidade no coração do homem" (Ec 3:11). Sendo assim, temos uma natureza corrompida mas que não se sacia com o mal; que, embora seja má, busca o bem e não encontra a paz no meio da iniquidade. O que experimento científico algum tem capacidade de mostrar é onde está a Solução, tampouco como alcançá-la. Esta tarefa é atribuição única e exclusiva da do Espírito Santo através de Suas ferramentas - a Bíblia, a natureza, a consciência e a Providência. Que Deus nos ajude a termos "um novo coração" (Sl 51).

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Vagalumes - Tecnologia imita a "natureza"


Vagalumes ajudam a tornar LEDs mais brilhantes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/01/2013
Vagalumes ajudam a tornar LEDs mais brilhantes
Ao coletar 50% mais fótons, a camada inspirada nos vagalumes permitiu aumentar a eficiência do LED em 1,5 vez. [Imagem: Nicolas Andr]
Estrutura óptica natural
O piscar suave dos vagalumes inspirou cientistas a inserir modificações em um LED que o tornaram uma vez e meia mais eficiente.
A equipe da Bélgica, França e Canadá estudou a estrutura interna das "lanternas" dos vagalumes, os órgãos do animal repletos de células bioluminescentes, que piscam durante os rituais de acasalamento.
Os cientistas identificaram um padrão inesperado de escamas irregulares que melhora o brilho das lanternas.
Eles então aplicaram esse conhecimento ao design de um LED, criando uma camada externa para o diodo emissor de luz que imita a estrutura natural identificada no vagalume.
Essa sobrecamada, que aumenta a extração de luz pelo LED em até 55%, poderá ser facilmente aplicada aos LEDs atualmente em fabricação.
Reflexão interna
Os vagalumes emitem luz através de uma reação química que ocorre em células especializadas, chamadas fotócitos. A luz vai para o exterior passando através de uma parte do exoesqueleto do inseto chamada cutícula.
A luz viaja através da cutícula mais lentamente do que se desloca através do ar, e esse descasamento faz com que uma parte da luz seja refletida de volta na lanterna, diminuindo o brilho.
Os LEDs apresentam essa mesma deficiência de reflexão interna, o que diminui seu brilho e sua eficiência.
Vagalumes ajudam a tornar LEDs mais brilhantes
Os cientistas criaram um revestimento que imita as escamas naturais do interior do exoesqueleto dos vagalumes. [Imagem: Bay et al./Optics Express]
Revestimento para brilhar mais
O que os pesquisadores descobriram é que a geometria da superfície das cutículas de alguns vagalumes ajuda a minimizar as reflexões internas, ou seja, mais luz escapa para chegar aos olhos dos potenciais parceiros.
Quando eles usaram simulações de computador para modelar como as estruturas afetam a transmissão da luz, descobriram que as bordas afiadas das escamas deixam passar mais luz.
Tudo foi confirmado experimentalmente com a criação de uma camada contendo saliências de cinco micrômetros de altura, posta sobre um LED de nitreto de gálio.
"O que é legal na nossa técnica é que é um processo fácil e não temos que desenvolver um novo LED. Com uns poucos passos adicionais podemos recobrir os diodos emissores de luz atuais," disse Annick Bay, descobridora do fenômeno.
Nota do Blog: O que a Teoria da Evolução nunca conseguiu demonstrar é como estes complexos mecanismos surgiriam através de simples mutações. Considerando a quantidade de mutações, mesmo dentre espécies muito reprodutivas como os insetos e, dentre estas, a quantidade de mutações deletérias contra as mutações benéficas (não sei se já encontraram alguma na vida real), seria extremamente improvável o surgimento destes mecanismos através de processo de seleção natural. O fato de a Teoria da Evolução "explicar" algo tem confundido muitas pessoas,  pois o fato de haver uma "explicação" não signifique que esta explicação seja plausível, esteja correta e, portanto, represente a VERDADE. A Teoria da Evolução deveria ser posta onde ela sempre deveria ter ficado: a filosofia. Defendê-la a custo de escrachamento das alternativas é incoerência científica.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A Ilha Grega da Idade Avançada

A matéria abaixo é uma tradução livre da reportagem da BBC que você pode conferir aqui.

É impressionante ver como os ideais de saúde e qualidade de vida apregoados há tanto tempo na Bíblia e por seus seguidores mais convictos resultam em maior longevidade e felicidade. Tirando uma pequena concepção errônea do papel do álcool na saúde (defendida pelo entrevistado, não pela reportagem), este é um belíssimo exemplo do segredo para uma vida melhor.

A Ilha Grega da Idade Avançada

Pode ser o ar puro e o amistoso e descompromissado estilo de vida ao ar-livre. Pode ser os vegetais frescos e o leite de cabras.

Pode ser o terreno montanhoso. Tudo em Ikaria é "pra cima" ou "pra baixo", então qualquer "dar uma voltinha" faz você ficar em forma.

Pode ser mesmo a radiação natural nas rochas de granito. Mas Stamatis Moraitis acha que ele sabe o que é.

"É o vinho" [que pena, os bebuns de plantão e sua teoria de ser conservado em álcool], ele diz, sobre um copo em sua mesa da cozinha. "É puro, nada adicionado. O vinho que se faz comercialmente tem conservantes. Isto não é bom [o álcool também não, melhor seria só o suco da uva]. Ms o vinho que nós mesmos fazemos é puro".

Stamatis comemorou seu nonagésimo oitavo aniversário no dia de ano novo. Ele diz que é mais velho, mas seus documentos põem sua data de nascimento como 1º de janeiro de 1915. Fora de sua casa caiada estão suas amadas oliveiras, seus pés de frutas e suas videiras. Ele faz 700 litros de vinho por ano, diz.

"Voce toma tudo isto sozinho?" Eu pergunto. "Não!" - Ele se choca com a sugestão. "Eu bebo isto com meus amigos".

O vinho, os dias de convívio gastos com amigos e família, ajudam a fazer de Stamatis um garoto-propaganda dos efeitos saudáveis de Ikaria. Quarenta e cinco anos atrás, vivendo nos Estados Unidos, ele foi diagnosticado com câncer de pulmão, e foi-lhe dado nove meses de vida.

"Àquele tempo era muito caro fazer um funeral lá", ele lembra. "Então, eu disse à minha esposa 'eu estou indo pra casa em Ikaria, para ser enterrado com meus pais'".

Atualmente ele tem um brilho em seu olhar e está indo muito bem. É uma história que ele já contou muitas vezes, e ele claramente não se cansa de contar.

"Eu encontrei meus amigos na vila onde nasci, e nós começamos a beber. Eu pensei que ao menos eu iria morrer feliz".

"Todo dia nós nos encontrávamos, bebíamos vinho. E eu esperei. O tempo passou e eu me senti mais forte. Nove meses passaram, e eu me senti bem. Onze meses e eu me senti melhor ainda. E agora, 45 anos depois, eu continuo aqui!"

"Poucos anos atrás eu voltei aos EUA e tentei encontrar meus médicos. Mas eu não pude. Eles estavam todos mortos."

Existem muitas histórias como esta em Ikaria. Algumas podem ser apenas estórias, mas em anos recentes cientistas e médicos têm ido à ilha não muito longe da costa da Turquia para encontrar a história real.

Ikaria tem seu nome do mito grego de Ícaro que, como diz a lenda, afundou no mar perto da ilha quando suas asas de cera e penas derreteram. Por séculos ela foi considerada como um destino terapêutico por suas fontes termais naturais.

Mais recentemente ela foi identificada como uma de um pequeno número das chamadas "zonas azuis" pelo autor Dan Buettner e a National Geographic, onde os moradores desfrutam de grande longevidade. Outros lugares incluem Okinawa, no Japão, Sardenha na Itália e Loma Linda, na Califórnia [adventistas].

O trabalho mais compreensivo em Ikaria foi feito pela Unviersidade de Atenas, cujos pesquisadores estudaram os ilhéus acima de 65 anos de didade. Na média, os 8 mil moradores vivem 10 anos a mais que a maioria dos Europeus e com muito melhor saúde no final.

Há muitos fatores significativos sobre o estilo de vida dos ilhéus que podem contribuir para sua longevidade.

Mesmo comparados com a tradicional Dieta do Mediterrâneo, os Ikarianos comem muito peixe e vegetais, e relativamente pouca carne.

Seis em cada 10 pessoas acima de 90 anos continuam fisicamente ativas, comparados com apenas 20% em outros lugares. A maior parte da comida é cozida em óleo de oliva. Grandes quantidades de verduras silvestres e ervas são colhidas das encostas tanto para comida como para fins medicinais.

Muitas pessoas de idade faze um uma mistura diária de chás de ervas secas da montanha, como sálvia, tomilho, hortelã e camomila, e adoçam com mel de abelhas locais. "Isto cura tudo", afirma Stamatis.

Muitas das ervas silvestres são usadas por pessoas ao redor do mundo como remédios tradicionais. Elas são ricas em antioxidantes e também contém diuréticos que podem baixar a pressão arterial.

Os pesquisadores acreditam que outros elementos do estilo de vida são também significantes.

Níveis de fumo são relativamente baixos, sestas ao meio dia são a regra, o ritmo de vida é lento e as pessoas socializam-se frequentemente com amigos e família, bebendo moderadamente vinho.

Famílias grandes dão às pessoas idosas um importante papel na sociedade. Os níveis de depressão e demência são baixos.

A Doutora Christina Chrysohoou, uma cardiologista da Unviersidade de Atenas que tem estudado os ilhéus, diz que eles sofrem o mesmo tipo de doenças como câncer e problemas cardiovasculares como as pessoas de outros lugares, mas mais tarde em suas vidas.

"A Ikaria  nos dá uma oportunidade de estudar por que estas pessoas desfrutam destes efeitos benéficos. Nós não podemos evitar estas doenças, mas eles conseguem preservar a qualidade de suas vidas por muitos anos. A idade média para doenças cardiovasculares é de 55 a 60 anos. Na Ikaria elas vêm 10 anos mais tarde".

Futuras linhas de pesquisa para a Universidade incluem estudos geológicos sobre se a ocorrência natural de elementos radioativos, como o rádio [elemento 88 da tabela periódica], pode ter efeito no câncer.

Também existe pesquisa genética que compara os ilhéus com os ikarianos que emigraram e vivem um estilo de vida diferente.

Reunir-se com alguns dos mais velhos moradores faz você apreciar o seu passo de tempo.

A mesa de jantar é cheia de deliciosas iguarias ikarianas. "É apenas um lanchinho", insiste Voula, esposa de George Kassiotis, 102 anos, enquanto este puxa sua identidade mostrando sua data de nascimento em 1910 e fala de sua infância.

Ao seu lado estão fotos dele na cavalaria grega em 1931. Ele lutou contra os italianos na Albânia durante a Segunda Guerra Mundial e depois ajudou a construir a primeira estrada de ferro na ilha antes de se aposentar em 1970.

"Eu não como comida industrializada, eu não fumo e eu não me estresso", diz George Kassiotis. "Eu não me preocupo com a morte. Nos sabemos que todos estamos indo para lá".

A geração mais nova parece estar mantendo as tradições. Nós comemos outra refeição na casa de Nikos Karoutsos, um proprietário de hotel nos seus 50 anos, e testemunhamos a visão de muitos amigos e família entrando para uma bebida e alguma coisa para comer.

"Nós não temos boates ou discotecas ", ele diz, enquanto as pessoas exibem taças de vinho tinto derramado de grandes garrafões de plástico. A porta está sempre aberta, não há necessidade de pedir para entrar [por coincidência hoje 232 pessoas morreram em um trágico incêndio em uma boate de Santa Maria - RS].

Enquanto isto, os adolescentes movem-se da mesa para o computador, para bater papo no Facebook.

De volta ao lar de Stamatis Moraitis, de 98 anos, nós o deixamos em uma escada para colher azeitonas de suas oliveiras.

"Eu estou feliz por ainda poder fazer isto" ele diz com uma gargalhada. "Eu me sinto muito mais saudável aqui em cima".






segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A Década Mais Quente da História

O Jornal Nacional de 15/01/2013 exibiu uma reportagem mostrando que nove dos anos mais quentes da história foram registrados desde 2000 (confira aqui).

Alguns pontos que merecem destaque:

1. O fato é que a Terra realmente está mais quente. Cerca de 0,8º C a mais desde a década de 1880, quando as medições começaram. Pode não parecer muito, mas quando se está falando em média, e quando este valor está próximo dos 14º C, o aumento de temperatura é muito grande.

2. A reportagem afirmou categoricamente que o homem é o causador das mudanças climáticas, com o aumento das emissões de gás carbônico, o que é uma teoria bastante aceita mas não é consenso, e possui muitas críticas.

Existem muitas teorias da conspiração circulando pela web nos últimos anos, mas chama a atenção a quantidade de cientistas que nega o papel humano no aquecimento do planeta. A pressão por ações de redução de emissões de gases causadores do efeito-estufa pode ser atribuída a um interesse em frear o consumo dos países emergentes e populosos (China, Índia, Brasil, Bangladesh, etc) devido à escassez de recursos mas, no final, pode ser utilizado como um pretexto para leis que regulem e uniformizem o trabalho, economia e aumentem o tamanho do Estado na vida privada.

Pra quem acha isso um exagero, basta verificar o quanto os Estados Unidos aumentaram o controle do Estado sobre as organizações privadas e indivíduos desde o 11 de setembro. O que o cidadão americano consideraria absurdo há 13 anos hoje é rotina na terra da liberdade.

Unindo-se o interesse ecológico, com o interesse econômico no cenário de crise internacional e a pressão social por melhores condições de trabalho, e tem-se um ferramental muito convincente para a criação de leis dominicais. Atenção observadores: não se alarmem - esta é a consequência, não a causa (veja Mt 24:14).