segunda-feira, 19 de abril de 2010

"Exoplanetas que orbitam na contramão atropelam teorias"

O título desta postagem está entre aspas porque foi transcrito diretamente da epígrafe de uma reportagem do site Inovação Tecnológica.

Confira a reportagem aqui.

Até o dia da redação da referida reportagem, nada menos que 452 exoplanetas haviam sido descobertos. Exoplanetas são todos os planetas localizados fora do nosso sistema solar, que orbitam outras estrelas.

Estes sistemas planetários estão muito distantes (a estrela mais próxima de nós, além do Sol, é Proxima Centauri, em um sistema ternário a cerca de 4,2 anos-luz de distância) e os planetas não podem ser observados diretamente.

Até o início dos anos 90 do século passado, nenhum planeta fora do nosso "quintal" havia sido descoberto. Os cientistas então usaram os mais poderosos telescópios e instrumentos para medir o brilho de um grande número de estrelas. Observando pequeníssimas variações nesse brilho, puderam calcular que estes fenômenos se tratavam da passagem de planetas em frente às suas estrelas. Seria o equivalente a pequenos eclipses, onde a estrela não é totalmente ocultada. Estas observações, somadas a cálculos sobre ligeiras mudanças no curso das estrelas, permitem estimar o tamanho, raio orbital e massa dos exoplanetas.

Os cientistas descobriram que estes exoplanetas, em sua maior parte, são gigantes gasosos como Júpiter, sendo que alguns deles são "Júpiteres quentes" por estarem muito próximos de suas estrelas, uma vez que o "nosso" Júpiter é distante e gelado.

Os astrônomos têm sonhado em encontrar, cumulativamente, exoplanetas rochosos, menores e a uma distância ideal de sua estrela, com uma órbita de baixa excentricidade, de forma que as probabilidades de tal corpo possuir água em estado líquido aumentassem.

Nesta busca desenfreada por vida extraterrestre para dizer "viu! a vida surgiu do nada lá fora!" (veja postagem), os cientistas acabaram por levantar mais uma incógnita sobre o modelo do Big-Bang, da formação do nosso sistema solar e da evolução da vida.

Por que? Bem, nosso sistema solar possui 8 planetas e um planetóide, além de asteróides, que orbitam a estrela todos, em sentido "anti-horário", mesma direção da rotação do Sol. Esta observação levou os cientistas a desenvolverem a teoria de que todos estes astros se formaram de um disco de restos de matéria que orbitava o Sol em seus primórdios, mais ou menos como seriam os anéis de Saturno em relação a ele.

O que os astrônomos divulgaram, conforme a matéria supra indicada, é a descoberta de exoplanetas que orbitam não só em sentido muitas vezes oposto ao de suas estrelas, mas também em planos orbitais de grande inclinação. E a implicação desta descoberta é muito grande: fica difícil imaginar todos os planetas necessariamente se formando por um longo processo de resfriamento e aglutinação de matéria estelar "não-utilizada".

Como observado pelo Dr. Walter Veith, um modelo de explosão inicial que criou o Universo, em primeiro momento ao menos, deveria levar a galáxias girando todas em um mesmo sentido. Deveríamos esperar os demais sistemas (planetas orbitando estrelas e satélites orbitando planetas) seguindo o mesmo movimento. No entanto, não vemos o cumprimento desta lógica estritamente em nenhum dos casos.

As explicações prévias para a ocorrência de planetas nestas condições, à luz das teorias dominantes da história do Universo, são mais confusas do que elucidativas, além de exigirem (mais uma vez) a atuação miraculosa do acaso.

Parece que a mecânica do Universo fica cada vez mais complexa, e a colcha das teorias para explicá-la ganham constantemente novos retalhos.

sábado, 10 de abril de 2010

A Minoria Esmagadora

O que leva cidadãos de bem, mulheres, pessoas de idade a arrombarem, saquearem e particarem vandalismo?

Em situações de grande medo, de falta de preparo, as massas agem em comportamento de manada, como o estouro de uma boiada. Isto é muito comum nos linchamentos. Os seres humanos começam a pensar coletivamente, o senso individual desaparece. Coisas que os indivíduos jamais fariam sozinhos, fazem sob a influência e coordenação do grupo.

Em novembro de 1955 o cientista Solomon E. Asch publicou uma experiência que realizara com 123 jovens universitários. Cada um destes jovens entrava em uma sala com outros alunos que estavam previamente combinados em fornecer respostas erradas a uma questão bastante simples de comparação entre tamanhos de linhas. Como o cientista havia verificado anteriormente, em situação normal, o percentual de erro era inferior a 1%. No entanto, ao confrontarem-se os selecionados para a pesquisa com todos os outros alunos que davam respostas erradas, o índice de erro subiu para 37%. Os que respondiam corretamente faziam-no, muitas vezes, tímida e hesitantemente.
O homem é um ser sociável. Gosta de companhia. Gosta de se sentir aceito pelo grupo. Gosta de que suas idéias e ações sejam apoiados pela maioria. Ninguém gosta de ser o freak do grupo, ou pior, o freak que não consegue entrar no grupo. A máxima vox populi, vox dei (a voz do povo é a voz de Deus) é ribombada principalmente pela mídia e pela política – dois fenômenos inteiramente dependentes das massas (e, portanto, comprometidos com elas).

Mas, por mais simpático e político que possa parecer, a Bíblia endossa a teoria de que a voz do povo é a voz de Deus?

Certa vez o rei da Síria ficou incomodado com o fato de o profeta Eliseu, por visão divina, revelar ao rei de Israel as emboscadas que ele fazia com o fim de destruí-lo.

“Então [o rei da Síria] enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais chegaram de noite, e cercaram a cidade. E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos? E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu, e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o SENHOR abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” 2Rs 2:14-1.

Enquanto eu era aluno interno no IACS, pelos anos de 1996 a 1997, me chamava a atenção uma placa que ficava na porta do quarto de alguns colegas meus do dormitório, cuja epígrafe me acompanha até hoje: “somos a minoria esmagadora”.
Às vezes nos sentimos sozinhos em nossas lutas contra o mal. Parece que até mesmo as pessoas que deveriam estar seguindo a Deus estão abraçando o erro e chamando o bem mal e o mal bem (Is 5:20).

Podemos pensar que tudo está perdido, que estamos sozinhos em nossas lutas. Parece que o mundo está vencendo de todos os lados. No Evolucionismo, na imoralidade, na mornidão de Laodicéia (Ap 3:16), mas a realidade é que dois terços dos anjos do céu escolheram ser fiéis a Deus (Ap 12:4). Todos os demais mundos são não-caídos, e servem ao Criador do Universo.

Satanás está derrotado. Um terço dos seus semelhantes o seguiu. Dois terços ficaram com Aquele que o derrotou sozinho e desauxiliadamente. Milhares de planetas foram leais. Apenas um caiu.

Jesus é o exército de um homem só. Quem ficar em pé ao seu lado, enquanto todos curvam-se ante a estátua (Dn 3), andará incólume em meio ao fogo. Quem escolhe o lado da verdade, está ao lado da verdadeira maioria e, principalmente, do lado vencedor.

sábado, 3 de abril de 2010

Design Inteligente: Baratas

Baratas viram musas da robótica

Do site: Inovação Tecnológica - 30/03/2010

Baratas viram musas da robótica
Uma barata não pensa muito sobre andar, ela apenas anda. E isso somente a atrasa cerca de 20 por cento quando ela passa sobre blocos que são três vezes mais altos do que seus quadris. [Imagem: John Schmitt]
Maravilha da engenharia

A visão de uma barata correndo para o ralo pode ser repugnante, mas esse desagradável inseto é também uma verdadeira maravilha de engenharia.

Por mais que pareça um contrassenso falar em "inspirar-se em uma barata" para fazer qualquer coisa, engenheiros da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, acreditam que vale a pena mandar também o preconceito para o ralo e transformar as baratas em verdadeiras musas da robótica.

Segundo o Dr. John Schmitt, a natureza parece ter colocado nas baratas "soluções tecnológicas" que permitirão a construção de robôs capazes de andar sobre qualquer terreno, muito mais eficientes do que qualquer outro meio de locomoção já tentado.

Bioinspiração

Na verdade, as baratas vêm sendo alvo de atenção dos roboticistas há algum tempo: uma equipe da Universidade Case Western pretende construir um robô com cérebro de barata.

Em um campo de pesquisas chamado bioinspiração - no qual os cientistas tiram ideias da natureza para melhorar suas próprias engenhocas - a equipe do Dr. Schmitt também já tem prontos seus primeiros protótipos de uma barata robótica.

Dentro de certas limitações, segundo ele, as baratas não têm sequer que usar seus cérebros para correr - eles apenas correm, com uma ação muscular instintiva e que não exige nem mesmo controle reflexo.

"Os seres humanos podem correr mas, francamente, as nossas capacidades não são nada comparadas ao que alguns insetos e outros animais podem fazer," diz Schmitt. "As baratas são incríveis. Elas podem correr em alta velocidade, mover-se facilmente sobre terrenos acidentados e reagir a qualquer perturbação mais rapidamente do que um impulso nervoso no nosso cérebro."

Andar sem pensar

É isso que os engenheiros estão tentando reproduzir em seus robôs. Os primeiros protótipos já conseguem replicar o andar do inseto, mas nenhum deles conseguiria ainda apostar uma corrida com uma barata.

Os robôs, sejam baseados em insetos ou não, absorvem energia demais e exigem um poder computacional para fazê-los funcionar que os torna também pesados e lentos.

Se, como no animal, esse "cérebro de barata" puder ser dispensado para o andar, os cientistas acreditam poder reproduzir praticamente toda a mobilidade do inseto.

"Uma barata não pensa muito sobre andar, ela apenas anda. E isso somente a atrasa cerca de 20 por cento quando ela passa sobre blocos que são três vezes mais altos do que seus quadris. Isso é notável e é uma indicação de que sua estabilidade tem a ver com a sua 'construção' e não com a sua reação," afirma Schmitt.

Baratas espaciais

Ele e seus colegas acabam de publicar um artigo no qual eles descrevem detalhes dessa "engenharia das baratas". Usando modelagem computadorizada, os pesquisadores conseguiram descrever não apenas os movimentos, mas também como o animal acumula e libera energia conforme ele anda ou corre.

O próximo passo da pesquisa será incorporar esse conhecimento nos protótipos de robôs-baratas e avaliar como eles se comportam. Segundo o Dr. Schmitt, nem de longe os seus robôs precisarão ganhar uma corrida de uma barata.

Apenas a capacidade de mover-se por terrenos irregulares, com baixo consumo de energia, e exigindo uma capacidade de processamento mínimo, será um ganho sem paralelo para robôs que serão capazes de explorar áreas devastadas por acidentes naturais ou mesmo caminhar na superfície da Lua ou de Marte [grifos acrescentados].

Nota do Blog: Mais uma vez os engenheiros e cientistas são obrigados a copiarem as idéias da natureza, que apresenta soluções geniais para grandes problemas que os maiores homens, utilizando os mais avançados recursos, não conseguem resolver. Se nós, seres humanos, com todo o nosso raciocínio, todos os nossos computadores, robôs e conhecimento, não conseguimos "nem de longe" alcançar a performance de uma barata, por que não nos questionarmos sobre a inteligência expressa magistralmente nas coisas simples da natureza? "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes" 1Co 1:27.