quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Maravilhoso Cérebro Felino!

Computação cognitiva: IBM simula o cérebro de um gato

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2009

Computação cognitiva: IBM simula o cérebro de um gato
do site: http://www.inovacaotecnologica.com.br

Nota do Blog

Mais uma maravilha da "evolução": o homem que, com suas máquinas, já ultrapassou a orla externa do sistema solar (mais de 12 bilhões de km), ainda não consegue nem ao menos compreender o funcionamento do cérebro, seja do homem, seja dos bichanos.

A simulação (impressionante!) está auxiliando no teste de hipóteses sobre os mecanismos (sinapses) que conduzem às funções cerebrais, entre elas, o pensar (note a expressão das correntes elétricas - vide White, há 150 anos, motivo pelo qual foi chamada de "louca").

Ou seja, ainda não se tem certeza de como o cérebro funciona... E não se tem certeza de que um dia será possível imitá-lo!

Para simular o cérebro de um simples gatinho, foi usado um monstruoso supercomputador (um dos mais rápidos do mundo). Esta simulação foi meramente estrutural - mostrando os estonteantes trilhões de ligações entre os neurônios. Isto não significa que o computador teve vontade de tomar leite e correr atrás de novelos de lã!!!

Note que a pesquisa simulou "quase em tempo real" o cérebro do felino (ou seja, mesmo se o cérebro funcionasse, ainda assim o gato pensaria, agiria e se comportaria em "câmera lenta").

Cada dia a evolução é mais incrível... no sentido estrito da palavra!!!
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Cientistas da IBM anunciaram a realização de uma simulação computadorizada equivalente ao cérebro de um gato, contendo 1 bilhão de neurônios disparando e 10 trilhões de sinapses individuais - sinapses são os mecanismos de troca de informações entre os neurônios.

Computação cognitiva

O simulador, que representa um progresso significativo na chamada computação cognitiva, foi elaborado pelos pesquisadores da empresa em colaboração com cientistas da Universidade de Stanford e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, ambos dos Estados Unidos.

Segundo os pesquisadores, seu objetivo é criar um programa de computador capaz de simular e emular as habilidades do cérebro para a sensação, percepção, ação, interação e cognição.

E, em vez de gigantescos supercomputadores que ocupam prédios inteiros, eles esperam fazer isto em um dispositivo do tamanho do próprio cérebro humano e gastando tão pouca energia quanto este - veja mais sobre o projeto Cérebro Azul e sobre o computador cognitivo.

Chip sinaptrônico

Os cientistas vislumbram a fabricação, no futuro, daquilo que eles chamam de chip sinaptrônico, um processador que funcione utilizando os mesmos mecanismos das sinapses cerebrais.

Para isso eles pretendem se basear na nanotecnologia e nos avanços das memórias de mudança de fase e nas junções de tunelamento magnéticas, criando processadores que funcionem em princípios radicalmente diferentes da computação convencional, do tipo von Neumann.

"Conforme os mundos físico e digital continuam a se mesclar e a computação se incorpora no tecido da nossa vida diária, é imperativo que criemos um sistema de computação mais inteligente que possa nos ajudar a compreender a grande quantidade de informações disponíveis, de forma muito parecida com o nosso cérebro, que é capaz de interpretar rapidamente e agir frente a problemas complexos," Josephine Cheng, diretora de pesquisas da IBM.

Matéria Azul

Além da simulação cortical em grande escala, a equipe revelou o desenvolvimento de um novo algoritmo, chamado BlueMatter (matéria azul), que sintetiza os dados neurológicos e que já está sendo utilizado para a próxima etapa da pesquisa, que prevê alcançar resultados semelhantes na simulação do cérebro humano.

Utilizando técnicas de imageamento por ressonância magnética, os cientistas estão medindo e mapeando as conexões entre todas as localizações corticais e subcorticais no cérebro humano. Isso equivale a desenhar uma espécie de esquema elétrico do cérebro, uma vez que quase todas as sinapses são elétricas - um número menor delas é química.

Segundo os cientistas, esse mapeamento deverá permitir o conhecimento da vasta rede de comunicações cerebrais e, eventualmente, à compreensão de como o cérebro representa e processa as informações.

Simulação do cérebro

Para executar a simulação cortical do cérebro quase em tempo real, superando em número os neurônios e as sinapses encontradas no córtex de um gato, a equipe construiu um simulador cortical que incorpora uma série de inovações em computação, memória e comunicação, assim como sofisticados detalhes biológicos obtidos por meio da neurofisiologia e da neuroanatomia.

Os pesquisadores insistem que seu simulador é uma ferramenta, um instrumento científico, de grandeza comparável à de um acelerador linear de partículas ou de um microscópio eletrônico.

Hipóteses sobre o funcionamento do cérebro

De fato, esta é a mais poderosa ferramenta já construída para testar hipóteses sobre a estrutura do cérebro, sobre sua dinâmica e sobre seu funcionamento.

O algoritmo Matéria Azul, quando combinado com o simulador cortical, permite que os cientistas testem várias hipóteses matemáticas sobre a estrutura e o funcionamento do cérebro, assim como permite que eles avaliem como sua estrutura afeta sua função.

Vale ressaltar que o próprio objetivo dos cientistas - descobrir como funcionam os núcleos computacionais do cérebro e como o processamento cerebral utiliza os circuitos biológicos em suas dimensões micro e macro - está baseado na hipótese de que o cérebro funciona de forma semelhante à de um computador. Ou, pelo menos, de que é possível reproduzir o funcionamento do cérebro utilizando estruturas não-biológicas, como um chip. Somente o avanço das pesquisas confirmará se alguma dessas hipóteses é válida.

Embora esperem inserir todo o dispositivo, no futuro, no interior de um único chip, a simulação do cérebro de um gato rodou em um supercomputador Blue Gene, com 147.456 CPUs e 144 terabytes de memória principal, o que revela a distância que ainda separa a pesquisa do seu objetivo final de construção de um chip sinaptrônico.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"Sabatista" não tem vez!

Ingressei, recentemente, no processo seletivo para o doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento, na Universidade Federal de SC (UFSC). Esta seria uma ótima oportunidade de conciliar meu trabalho com a academia, uma vez que a temática deste doutoramente é bastante voltada às organizações e, também, em certo sentido, uma interseção entre a minha graduação (Bl. em Informática) e o meu mestrado (Administração).

Este processo seletivo consiste em duas etapas de avaliação. Na primeira, por seis semanas, assistimos aulas on-line na plataforma Moodle do departamento, com a realização de leituras de artigos e provas on-line. Esta etapa foi concluída no último domingo, com o envio de um anteprojeto de pesquisa e um curriculum Lattes.

A segunda etapa consiste em uma avaliação, on-line para os candidatos a mestrado e presencial para os candidatos a doutorado. Esta avaliação será realizada no sábado 07/11/2009, às 14h, em ambos os casos.

Como sou adventista do sétimo dia, contei com a colaboração do meu bom amigo, Dr. Wilson Campos, para um requerimento administrativo solicitando horário especial para a realização das provas e apresentando as considerações sobre a legislação que resguarda os observadores do sétimo dia quanto aos seus direitos constitucionais. O requerimento, pródigo em conhecimento jurídico, somou 12 páginas.

Minha esposa protocolou o requerimento na última sexta-feira na secretaria do departamento de pós-graduação do referido curso. Ontem (quarta-feira) o professor coordenador do curso ligou-me com um tom nada amistoso, afirmando que o documento fora "muito mal recebido" por aquela coordenação, e que a procuradoria da Universidade o estava analisando para prover uma resposta adequada à um pedido "não-legal", nas palavras do professor.

Como fiquei constrangido ao ouvir que o requerimento foi "muito mal recebido" pela coordenação do curso da Universidade, indaguei-o sobre qual seria, então, o procedimento correto. Ele disse-me que, "francamente", eu deveria realizar a prova no mesmo dia e hora "que qualquer outro mortal". Afirmei que isto não ocorreria e que eu não entraria em discussão sobre meus princípios.

Ele disse então que, caso as instituições devessem respeitar os dias de guarda, não se poderia fazer provas no domingo, em virtude dos católicos (como ele, que é ortodoxo), no sábado, em função dos adventistas, e na sexta-feira, em virtude dos muçulmanos, sendo isto um "absurdo". Afirmou-me que ninguém me obrigou a entrar no processo seletivo, "eu havia entrado porque quis". Ele também disse-me que estavam tendo problemas para ver "quem ficaria" comigo até o horário do pôr-do-sol para a realização da prova.

Dez minutos mais tarde, ele tornou a ligar-me afirmando que não havia recebido meu projeto de pesquisa. Que estavam procurando e não o localizaram, mas que eu deveria continuar estudando para a prova, que eles continuariam procurando o projeto. Entendi, então, a saída que aquele departamento encontrou para o "problema".

Minhas suspeitas se confirmaram hoje, com a divulgação dos candidatos cuja inscrição para o processo fora homologada. Você pode adivinhar? Isto mesmo, meu nome não estava na lista. Ao entrar em contato com o mesmo professor, ele afirmou que meu projeto não foi enviado, e que não havia nenhuma reclamação de que projetos não foram entregues. Ou seja, o único projeto não recebido, dos 757 inscritos para as 60 vagas de mestrado e doutorado, foi o meu.

Todavia, enviei o projeto, jutamente com meu curriculum lattes, no domingo à noite, uma hora e meia antes de findar o prazo para tal. Como o sistema da Universidade não emite protocolo de recebimento dos arquivos, não tenho como provar o envio dos mesmos. Também, como não previa que meu pedido "não-legal" seria tão "mal recebido", não raciocinei que deveria protocolar uma cópia física dos documentos na coordenação da pós-graduação da EGC.

Desta forma, lamento que em uma Universidade pública, um curso que se propõe a "gerir o conhecimento", tenha tão pouca consideração pelos direitos das minorias e um tão parco interesse pela formação do indivíduo. Não tinha o desejo veemente de ser aprovado no processo seletivo. Apenas gostaria de ter o direito de concorrer em condição de igualdade com aqueles que professam fé diferente.

Hoje, estou indo dormir me sentindo injustiçado, mas com a consciência tranqüila. Sinceramente, espero que, ao menos, a consciência deste professor e dos demais porventura envolvidos ainda os acuse. Se isto não ocorre, realmente, estamos chegando no limite. Mas estou regozijante, por ter sido achado digno de sofrer afronta pelo nome de Jesus (At. 5:41).

Este é apenas o início. Logo ser-nos-á tirado o direito de "comprar e vender" (Ap. 13:7). Que "os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Ap. 12:17) estejam alertas e cientes do que está por vir. Somos ovelhas em meio de lobos, devemos ser simples como as pombas, e prudentes como as serpentes (Mt 10:16).