domingo, 23 de agosto de 2009

Muito mais água na Terra!

Uma pesquisa interessantíssima aponta no sentido de que a Terra pode ter muito mais água do que se imaginava. Se as observações instrumentais forem comprovadas, uma importante variável será acrescentada ao Criacionismo. Desta forma, a Terra teria muito mais água disponível para cobrir as mais altas cadeias de montanhas, sem recorrer-se tão necessariamente aos modelos do afundamento dos continentes, ou a inversão de oceanos-continentes (ROTH, A. Origens. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP. 2003).

É interessante notar que as bases da geologia estão, constantemente, sendo sacudidas. Parece que, cada vez mais, há menos "certezas" científicas sobre os fundamentos desta ciência.

Haja vista a teoria da evolução depender da visão de Lamark sobre longas eras geológicas regidas pelo uniformismo (Darwin, C. A origem das espécies através da seleção natural. 1859), sua fundamentação está, a cada dia, sendo mais questionada. É uma pena que o público geral não tenha conhecimento de quanto existe de omissões deliberadas por parte de certos círculos científicos a respeito do enfraquecimento da teoria da evolução, embora a grande mídia pregue o oposto (aí sim, em uma inverdade gritante).

Segue a íntegra da reportagem do site "Inovação Tecnológica":

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=terra-ter-oceanos-seu-interior&id=010125090821

Terra pode ter oceanos em seu interior

BBC Brasil - 21/08/2009

Terra pode ter oceanos em seu interior

Demonstração esquemática das zonas de subducção, que poderiam ser as responsáveis pelo acúmulo de água no interior da Terra.[Imagem: Humboldt Fundation


Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra, muito abaixo do leito dos oceanos superficiais.

Água nas profundezas

A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade. Por isso, cientistas da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.

Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.

Zonas de subducção

As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.

Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.

"Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.

Mistério geológico

"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos? E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas," diz o pesquisador.

Apesar dos avanços tecnológicos, os especialistas não sabem ao certo quanta água existe abaixo do leito oceânico e quanto dessa água chega ao manto.

"Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."

Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.

Água primordial

A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.

A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.

E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.

"Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.

"E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".

Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.